Pesquisa publicada pela Revista Exame destaca potencial do município, que se destacou como primeiro lugar do Estado
25/10/2018 – Niterói é a sexta melhor cidade para investir, empreender e negociar no Brasil. A informação é da consultoria Urban Systems, que analisou o potencial de desenvolvimento econômico de 100 cidades acima de 100 mil habitantes, identificando aquelas com as melhores oportunidades para negócios.
A pesquisa foi publicada na Revista Exame de 25 de outubro. O município, que saltou do 49º lugar no ranking de 2017, também alcançou a melhor colocação no Estado do Rio de Janeiro.
A cidade está acompanhada de Vitória (1º), São Caetano do Sul (2º), São Paulo (3º), Porto Alegre (4º), Barueri (5º). Na sequência, aparecem Curitiba, Belo Horizonte, Maringá e Santos.
“Quando assumi, a cidade tinha uma das menores capacidades de investimento entre os municípios brasileiros. Fizemos um plano estratégico de longo prazo e muito investimento na modernização de sistemas. Não há mágica. Mesmo um cenário de terra arrasada no estado do Rio de Janeiro, o que Niterói vem conquistando é fruto de planejamento e diálogo com a população e com o empresariado local”, afirmou o prefeito Rodrigo Neves.
A revista cita que Niterói é um exemplo de melhora significativa, mesmo em um cenário de crise: “com as finanças do estado do Rio de Janeiro em frangalhos, é de surpreender que Niterói tenha encontrado espaço para um salto impressionante” e que “a evolução econômica do município (…) está ligada ao nível de tecnologia adotada na gestão. Em 2012, a cidade tinha 46 sistemas de protocolos – 11 eram de pagamento e dez de contabilidade. A solução foi integrar e concentrar as informações em uma única plataforma. Diariamente, o prefeito consulta um painel da situação da arrecadação e das contas municipais. Desde 2017, Niterói tem um novo sistema e nota fiscal eletrônica e de pregão eletrônico”.
A secretária municipal de Planejamento, Orçamento e Modernização da Gestão, Giovanna Victer, destaca, entre os investimentos em gestão, a implantação de sistemas, processos e práticas modernos, novos equipamentos, a realização de concursos e capacitação dos funcionários para profissionalização do serviço público, além da estruturação de um plano estratégico com metas para a cidade até 2033.
“A gestão municipal deve servir ao desenvolvimento da cidade e ao bem-estar de suas pessoas. Utilizar os recursos públicos dos cidadãos de forma responsável gera prosperidade e crescimento da sociedade como um todo”, analisa a secretária.
A revista também ouviu empresários que estão obtendo sucesso na cidade. No setor cervejeiro, a empresária Barbara Buzin, diretora da cervejaria Noi, contou que desde a inauguração da fábrica, em 2011, a rede não para de crescer.
Já o criador da rede Alô Madruga, Leon Schaefer, contou que a loja de conveniência, que inaugurou há menos de dois meses em Niterói, superou em faturamento as unidades da rede no Rio de Janeiro. Tanto que a empresa já procura imóveis para expandir na cidade. Ele também destacou a facilidade do processo de abrir a loja em Niterói na comparação com a capital Rio de Janeiro.
“A Prefeitura está trabalhando para estimular a geração de empregos na cidade. Criamos o Alvará Fácil, um sistema integrado com o Regin, Jucerja e o Sebrae que permite que, em 48 horas, o empreendedor esteja legalizado e possa, inclusive, emitir nota fiscal, a Casa do Empreendedor, que possibilitou o início de vários pequenos e médios negócios em Niterói, a regulamentação da Lei dos Cervejeiros e a criação do Polo Cervejeiro, que incentiva a fabricação artesanal no município e está atraindo produtores de todo o Estado, além da lei de incentivo à hotelaria e o apoio ao setor privado em várias frentes com desenvolvimento dos polos gastronômicos”, ressalta o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Luiz Paulino Moreira Leite.
Ele cita, ainda, a criação de parcerias público privadas, como a do Mercado Municipal Feliciano Sodré, que estimula a geração de empregos, a Lei do Audiovisual, que pretende transformar a cidade em referência do setor, e o terminal pesqueiro, que está sendo elaborado pelo Município e será o mais moderno do Brasil.
A Prefeitura de Niterói, entre outras ações, também financiou o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) para a dragagem do canal de São Lourenço (uma atribuição do Governo do Federal), imprescindível para a retomada da Indústria Naval, tradicional setor empregador da cidade, e a indústria de reparo offshore, em função da exploração do petróleo no Campo de Lula. Ainda no segmento, Niterói agora conta um Conselho de Autoridade Portuária (CAP) próprio, não sendo mais vinculado ao da capital, o que permitiu que receitas de operações de fundeio de embarcações, reparos navais e serviços do lado Norte da Baía de Guanabara sejam destinados à cidade.
Gestão – O desempenho de Niterói também foi reconhecido por outras organizações independentes, como a agência de classificação de risco Standard & Poor’s Global Ratings que, em agosto, concedeu à cidade a nota de crédito mais alta em sua escala nacional: brAAA, com perspectiva estável.
As ações voltadas para a modernização da gestão, transparência e controle de gastos também levaram o Município a ser o único do Estado do Rio a alcançar excelência no Índice Firjan de Boa Gestão Fiscal, saltando da 2188ª posição em 2012 para a 6ª posição no ranking nacional em 2016. Niterói também conquistou, duas vezes, a nota 10 na Escala Brasil Transparente, um projeto da CGU, duas vezes a nota máxima no Ranking Nacional da Transparência do Ministério Público Federal, o primeiro lugar no Estado do Rio e 22º no País no índice de Governança Municipal do Conselho Federal de Administração (CFA).
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