21/07/2013
Em Santa Rosa, categoria colocou panos pretos nas vitrines e fachadas em sinal de luto e revoltados com o assassinato de um bancário nesta semana no bairro.
Revoltados com o assassinato de um bancário nesta semana em Santa Rosa, durante assalto a um salão de beleza, comerciantes do bairro realizaram neste sábado um protesto contra a falta de segurança na região. Com tecidos pretos pendurados em frente aos estabelecimentos, eles demonstraram indignação e luto.
“Nosso bairro está largado às moscas. Do que adianta termos taxas e impostos de Zona Sul se não temos segurança. Estou muito preocupada com o que vem acontecendo, principalmente aqui no Largo do Marrão. Toda semana ouvimos casos de violência”, desabafou Vera Carmielo, de 58 anos, dona de uma loja de doces.
Dono de uma loja há anos na Rua Duque Estrada, o empresário Sérgio Avelar, de 54 anos, reclama que a falta de segurança não é de hoje. No ano passado ele teve sua loja assaltada três vezes num intervalo de apenas um mês. “Não tenho dúvidas de que um mesmo grupo foi o responsável pelos assaltos. Nas três vezes meus funcionários foram surpreendidos por homens armados. Os crimes acontecem em plena luz do dia”, desabafou.
Jorge Gentille, de 53 anos, vice-presidente do Polo Comercial de Santa Rosa, que reúne 50 lojistas da região, a situação está insustentável.
“Devido à falta de segurança aqui na região, uma pessoa inocente e trabalhadora pagou com a própria vida. Hoje, nosso protesto é simbólico, e silencioso, mas iremos nos unir e procurar as autoridades para cobrar providências”, declarou.
Assassinato
A morte do bancário Paulo Bastos, de 40 anos, ocorreu no início da noite desta quarta-feira, durante assalto a um salão de beleza na Rua Doutor Paulo César. Segundo a polícia, um menor de 14 anos, armado com pistola calibre 9 milímetros, invadiu o estabelecimento e fez cinco clientes e três funcionários reféns. As vítimas foram levadas para uma sala de depilação nos fundos do salão, onde foram obrigadas a ficar de joelhos.
Após roubar celulares, dinheiro e relógios dos reféns, o criminoso disse que precisava matar alguém. Ele então se virou para os reféns ajoelhados, apontou a arma para cada um deles e puxou o gatilho. O disparo atingiu o peito do bancário, que morreu no local. O menor foi preso no dia seguinte e confessou o crime.
Fonte: jornal “O Fluminense“