Atender bem é a alma do negócio, segundo especialistas

18/08/2013
Cliente não quer só preço baixo na hora da compra. Desempenho do vendedor também é fundamental. Presidente da CDL ressalta que ele deve ser flexível e educado.

Ao entrar em uma loja, o que mais importa para o cliente é ser bem atendido. Ele percebe imediatamente quando é “querido” ou não, quando os funcionários do estabelecimento estão preparados para executar um bom atendimento ou se só estão ali por obrigação. É por isso que para ser um bom comerciário, ou seja, trabalhar no comércio e conseguir satisfazer seus clientes, é preciso gostar, e muito, do que faz.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Niterói (CDL), Fabiano Gonçalves, ressalta que um vendedor, para desenvolver bem sua função, deve ser flexível e educado. Ele ainda pontua que muitos funcionários do comércio se tornam donos de seu próprio negócio.

“Grande parte dos empresários do comércio vem dos quadros funcionais de empresas que acabaram ou que se tornam concorrentes. Lógico que isso não é um pré-requisito, mas muita gente que começa no atendimento, e tem um bom tino para o negócio, parte para carreira solo”, explica.

Para o presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Niterói (Sindilojas), José Luiz Pascoal, um comerciário deve ter algumas características específicas.

“É preciso ter disposição para lidar bem com o público de uma maneira geral. Um bom poder de observação e de argumentação, além de atenção na apresentação pessoal e na disposição das mercadorias e etiquetas, são importantes quesitos para ser um bom profissional”, exemplifica.

De acordo com Pascoal o comerciário deve acompanhar as tendências de consumo e oportunidades de mercado que estão sempre se renovando. Para isso, ele aponta alguns cursos profissionalizantes.

“O Sindilojas está permanentemente oferecendo oportunidades de cursos rápidos voltados para a área. Eles ajudam a desenvolver alguns atributos essenciais a um vendedor”, evidencia.

A coordenadora de pós-graduação e extensão nas Faculdades Integradas Maria Thereza (Famath), Rita Frechette, salienta que o mercado do comércio está aquecido, mas falta mão de obra qualificada.

“Muitas pessoas acham que trabalhar com o público não requer uma qualificação específica, mas isso é um equívoco, pois o consumidor está cada vez mais atento e exigente. É preciso estar ligado para as mudanças e acompanhar o perfil do público que se quer atingir”, frisa.

É o caso da gerente da Agatha, loja de roupas femininas, Danielle Rodrigues Nogueira, de 32 anos. Há 14 anos trabalhando no comércio, a gerente já fez diversos cursos de especialização, mas para ela o que conta mesmo é a identificação.

“Já fiz muitos cursos de venda que me ajudaram muito, mas acho que a venda é um dom. O vendedor tem que amar o que faz, se dedicar, ter carisma para conquistar o cliente e estabelecer um vínculo com ele”, diz.

A gerente destaca a importância do comerciário conhecer o produto que está vendendo.
“O vendedor tem que saber o que está vendendo. É muito mais fácil e natural quando o funcionário acredita e veste a camisa da empresa. No caso da loja de roupas, a vendedora tem que entender alguma coisa de moda, saber o que está em alta e o que as clientes procuram”, conclui.

Vendedora da Mercatto, outra loja de roupas femininas, Viviane Brandão, 34 anos, também defende a necessidade de o vendedor ser dedicado.

“O cliente entra na loja querendo ser atendido com simpatia, carinho e paciência. Antes de vir para o trabalho eu procuro me desligar de todos os meus problemas pessoais para conseguir desempenhar bem o meu papel de passar segurança e satisfazer meus clientes”, afirma.

Fonte: O FLUMINENSE